data de lançamento:2025-03-14 14:27 tempo visitado:53
Da esquerda à centro-direitatigrinh, um número crescente de historiadores, analistas e cientistas políticos dos Estados Unidos está usando o termo "golpe" para caracterizar as ações de Donald Trump passado seu primeiro mês de mandato.
Figuras respeitadas como os historiadores Timothy Snyder e Ruth Ben-Ghiat, os cientistas políticos Steven Levitsky e Adam Przeworski, e até comentaristas mais identificados com a direita e centro-direita, como o jornalista Martin Wolf e a economista Jessica Riedl, do centro de estudos conservador Manhattan Institute, afirmam que as medidas adotadas pelo presidente ameaçam a democracia e podem configurar uma ruptura institucional.
"É claro que é um golpe", escreveu Snyder, professor da Universidade Yale e autor de "Sobre a Tirania", que popularizou o conceito de "obediência antecipada" a tiranos.
"As ações contínuas de Elon Musk e seus seguidores são um golpe, porque os indivíduos que estão tomando o poder não têm direito a ele. Ele não foi eleito para nenhum cargo e não há cargo que lhe daria autoridade para fazer o que está fazendo. Tudo isso é ilegal", escreveu Snyder em sua coluna no Substack.
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O desmantelamento do Estado está no foco das preocupações. Desde que o republicano assumiu, funcionários públicos têm sido pressionados a se demitir, agências governamentais inteiras estão sendo fechadas, e os recursos federais para estados e ONGs foram bloqueados. O Doge, sigla para o departamento criado via decreto por Trump com a tarefa de cortar gastos, tendo Musk à frente, atropelou regras de estabilidade de funcionários públicos, e o Executivo se apropriou de atribuições do Congresso – que tem o chamado "poder da carteira".
"Eles estão determinados a destruir o governo, não a fazer um ajuste por meio de reformas institucionais", disse Przeworski, estudioso da democracia na New York University e que cunhou o termo "autoritarismo furtivo".
Lá Fora
"Eu adoraria ver cortes de 30%, 40% ou até mais em algumas agências governamentais. Mas siga a Constituição, vá ao Congresso e veja o que a maioria dos legisladores devidamente eleitos está disposta a aprovar", afirmou Jessica Riedl, que foi assessora econômica de políticos republicanos. Ela vê uma clara "erosão da democracia".
jogo do tigerJá Wolf, outro influente pensador de centro-direita e colunista do Financial Times, acredita que o objetivo das demissões em massa e substituição de funcionários de carreira por aliados políticos seja "transformar os EUA em uma ditadura plebiscitária, na qual o detentor do poder é rei".

Ele escreveu em sua coluna mais recente que as reformas de Musk e Trump não têm nada a ver com tornar o governo mais eficiente. Segundo Wolf, a estratégia foi revelada pelo então senador e hoje vice-presidente, J. D. Vance, a um podcast conservador, ainda em 2021. "[Trump] deveria demitir todos os burocratas de nível médio, todos os funcionários públicos no Estado administrativo, substituí-los por nosso pessoal... E, quando os tribunais o impedirem, ficar ao lado da nação como [o ex-presidente] Andrew Jackson e dizer: 'O presidente da Suprema Corte tomou sua decisão, ele que a ponha em prática." Em 1832, Jackson se recusou a cumprir uma decisão da Corte em uma disputa entre o estado da Geórgia e os indígenas cherokees, e a declaração atribuída a ele, provavelmente apócrifa, marcou o choque com o Judiciário.
tigre jogoA historiadora Anne Applebaum, autora de "Autocracia S.A.", compara esses expurgos no funcionalismo aos feitos pelo ditador venezuelano Hugo Chávez, que demitiu 19 mil empregados da PDVSA, e pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, que acabou com as proteções trabalhistas do setor público. Applebaum se refere às ações de Trump como "golpe" e "mudança de regime".
Para Ruth Ben-Ghiat, professora da Universidade de Nova York e autora de "Strongman", o republicano inaugurou uma versão atualizada do autoritarismo, com inovações como a rapidez extrema das mudanças e a dupla liderança, Musk-Trump. "Sou historiadora de golpes, e também usaria essa palavra. Estamos em uma situação de emergência real para nossa democracia." Na visão do economista progressista Paul Krugmantigrinh, há uma "tentativa de autogolpe".
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